A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma das causas mais comuns de distúrbios menstruais e de ovulação prejudicada, afetando uma em cada vinte mulheres em idade reprodutiva.
Como a maioria das mulheres com SOP está com #sobrepeso ou #obesidade, um gatilho relacionado com o tecido adiposo ou dietético para o desenvolvimento da síndrome é possível. Alguns estudos demonstram relação com a genética, epigenética, associação com disruptores endócrinos, entre outros. Muitas mulheres apresentam aumento de pêlos, acne, aumento de peso, infertilidade e, em alguns casos, alterações emocionais.
Alguns estudos sugerem que distúrbios na flora bacteriana intestinal,provocada por uma alimentação inadequada, criam um aumento na permeabilidade da mucosa intestinal e consequentemente um aumento da passagem de lipopolissacárido (LPS) de bactérias colônicas Gram negativas para a circulação sistêmica.
A ativação resultante do sistema imune interfere com a função do receptor de insulina, gerando aumento dos níveis séricos de insulina, o que, por sua vez, aumenta a produção de andrógenos nos ovários e interfere com o desenvolvimento normal do folículo. Assim, a teoria da Disbiose da Microbiota e síndrome do ovário policístico poderia ser uma possível explicação para componentes da síndrome: anovulação / irregularidade menstrual, hiper-androgenismo (acne, hirsutismo) e o desenvolvimento de múltiplos cistos ovarianos.
Uma visão integral e funcional das pacientes com SOP pode ajudar na melhoria de muitos sinais/sintomas. Inclusive na qualidade de vida das pacientes. Muitos estudos tem evoluído em relação a disbiose intestinal e síndrome do ovário policístico.
O paciente deve ser visto de uma forma integral e personalizada. Lembrando sempre dos gatilhos relacionados com cada doença. Saúde funcional.
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