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Foto do escritorDrª Ivia Magalhães

Microbiota intestinal e Doença Cardiovascular


▶Cada vez mais estudos tem demostrado a importância de uma microbiota intestinal equilibrado para a manutenção da saúde. A doença cardiovascular (DCV) representa uma causa importante de morte e morbidade em todo o mundo, e o envolvimento da microbiota intestino no processo de aterosclerose em humanos está sendo cada vez mais sugerido.


▶Alguns estudos já demonstraram a associação entre uma de uma dieta rica em fofatidilcolina(carne bovina, suína, ovos) e uma microbiota intestinal em desequilíbrio, com a contribuição para a patogênese da aterosclerose em modelos animais , devido a formação de TMAO ( óxido de trimetilamina). (Nature 2011;472:57-63).


▶Há uma possível associação entre história de doença cardiovascular e níveis plasmáticos de N-óxido de trimetilamina (TMAO) em jejum aumentados. TMAO é um metabólito que depende da microbiota intestinal e da colina( J Biol Chem 1910;8:57-60), podem se relacionar com doença cardiovascular, pois quando aumentados, diminuem enzimas envolvidas no transporte reverso de colesterol e síntese de ácidos biliares.


▶Um estudo buscou avaliar a relação entre a ingestão oral de fosfatidilcolina (carne bovina, suína, ovos ) e o envolvimento da microbiota intestinal na formação de TMAO em humanos, além da avaliação da relação entre os níveis plasmáticos de TMAO em jejum e o risco a longo prazo de eventos cardiovasculares adversos maiores.( N Engl J Med 2013; 368:1575-1584. O TMAO aumenta o acúmulo de colesterol nos macrófagos, o acúmulo de células espumosas nas paredes das artérias e consequentemente a aterosclerose.

▶Esse estudo publicado no The New England Journal of Medicine concluiu que a microbiota intestinal converte a porção colina da fosfatidilcolina da dieta em trimetilamina, que é convertida em TMAO. O estudo mostrou que a microbiota intestinal participa do metabolismo da fosfatidilcolina para formar TMAO circulante e urinário. E além disso, ficou evidente a correlação entre altos níveis plasmáticos de TMAO e um risco aumentado de eventos cardiovasculares adversos maiores que é independente dos fatores de risco tradicionais.



Talvez uma alimentação mais baseada em frutas e verduras, poderia ser uma melhor opção. O que e sabe é que a individualidade bioquímica de cada paciente deve ser avaliada e mais uma vez a microbiota intestinal inadequada pode ter relação com o surgimento de doenças.

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