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Gordura no fígado: o culpado pode estar no seu prato

Foto do escritor: Drª Ivia MagalhãesDrª Ivia Magalhães

Atualizado: 13 de set. de 2019

Cuidado com a esteatose hepática (gordura no fígado), que é caracterizada pelo aumento do depósito de gordura no fígado com ausência de consumo excessivo de álcool ou doença hepática estabelecida. Devido a um estilo de vida cada vez mais inadequado, o que envolve, entre outros fatores, alimentação inapropriada e sedentarismo, identificamos um aumento dessa condição, principalmente entre os mais jovens (J Hepatol 2012;57:1305–11). A esteatose hepática pode evoluir para fibrose, cirrose e até carcinoma hepatocelular. A mudança do estilo de vida é o tratamento de primeira linha para essa condição (J Hepatol 2016;64:1388–402). A perda de peso recomendada é de 5% a 7% ou mais, porém, nem todos com aumento de peso desenvolvem essa doença e nem todos com essa doença estão acima do peso, logo, conclui-se que a qualidade e não apenas a quantidade da alimentação pode influenciar. Para evitar essa doença, alguns estudos relatam a importância da dieta mediterrânica, que é rica em frutas, legumes, nozes e baixo teor de gordura saturada, carboidratos e carne vermelha. Um grande estudo epidemiológico mostrou que a alta ingestão de carne vermelha foi associada à mortalidade por todas as causas e, em particular, por doenças do fígado (BMJ 2017;357:j195). Há relatos que a ingestão de frutose prejudica o fígado, porém a evidência para essa suposição é indeterminada(Adv Nutr 2015;6:504S–11). Em recente estudo (Alferink LJM, et al. Gut 2019;0:1–11), foi observado que pessoas com sobrepeso, que apresentavam maior ingestão de proteína animal, tinham 54% mais chance de ter aumento de gordura do fígado, em relação aos que consumiam menos. Sempre observo diversos estudos debatendo sobre gorduras e carboidratos na esteatose hepática. Já esse último estudo muda o foco dos carboidratos e gorduras para a proteína.

Os resultados desse estudo sugerem que as pessoas devem limitar a proteína animal e tentar comer mais peixe, além seguir uma dieta mediterrânea. Vale lembrar que uma ampla avaliação do paciente deve ser feita para que a sua individualidade bioquímica seja respeitada.


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Drª. Ivia Magalhães

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